Comércio Tradicional de Alimentos : avanço na contracorrente
Palavras-chave:
sistema de abastecimento alimentar, mercado tradicional de alimentos, varejo alimentarResumo
Comércio Tradicional de Alimentos: avanço na contracorrente
Resumo
O sistema de abastecimento alimentar no Brasil experimentou profundas modificações nas últimas décadas em especial a partir da intensificação da urbanização na década de 1960. A contínua concentração do setor de varejo vem, desde então, modificando a forma de aquisição de alimentos nas cidades, a organização das cadeias de suprimento e o padrão alimentar da população, caracterizada por um processo de homogeneização. Contudo, ao lado da expansão das grandes redes de supermercados resistem formas tradicionais de comercialização de alimentos, como feiras, mercados municipais e pequenos equipamentos comerciais familiares distribuídos pelas cidades. Isto posto, o presente artigo tentou captar de forma panorâmica essas modificações e apontar para uma outras perspectiva e abordagem que lide com a condição de acesso e com o formato de organização do sistema de abastecimento alimentar no Brasil no atual contexto. Tentou-se especialmente compreender como a resistência do sistema tradicional de comercialização e seu arranjo de organização podem significar um freio ao atual processo de concentração do varejo de alimentos e de transição alimentar sofrido pela população.
Referências
ABRAS e GfK, Revista SuperHiper, Edição de Junho de 2012. Disponível em: http://abrasnet.com.br/edicoesanteriores/Main.php?MagID=7&MagNo=87
ABRAS e GfK, Revista SuperHiper,Edição de Junho de 2013: http://abrasnet.com.br/edicoes-anteriores/Main.php?MagID=7&MagNo=104
ABRAS e GfK, Revista SuperHiper,Edição de Junho de 2014. http://abrasnet.com.br/edicoes-anteriores/Main.php?MagID=7&MagNo=134
ABRAS e GfK, Revista SuperHiper,Edição de Junho de 2015. http://abrasnet.com.br/edicoes-anteriores/Main.php?MagID=7&MagNo=158
Abras, 29 de Março de 2016. Disponível em: http://www.abrasnet.com.br/clipping.php?area=20&clipping=55616
ABRAS/Revista SuperHiper. Associação Brasileira de Supermercados, Revista SUPERHIPER, edição de abril, 2014. Disponível em: http://abrasnet.com.br/edicoes-anteriores/Main.php?MagID=7&MagNo=129
BARHAM, James. Regional Food Hubs: Understanding the scope and scale of food hub operations. Washington, DC: USDA AMS, 2011.
BEAULAC, Julie; KRISTJANSSON, Elizabeth; CUMMINS, Steven. A systematic review of food deserts, 1966-2007. Prev Chronic Dis, v. 6, n. 3, p. A105, 2009.
BELIK, Walter. Muito além da porteira. Série Teses. Instituo de Economia da Unicamp, 2001.
BELIK, Walter; CHAIM, Nuria Abrahão. Formas híbridas de coordenação na distribuição de frutas, legumes e verduras no Brasil. Revista Cadernos de debate, v. 7, p. 1-9, 1999.
BELIK, Walter; CUNHA, Altivo Roberto Andrade de Almeida. A produção agrícola e a atuação das Centrais de Abastecimento no Brasil. Segurança Alimentar e Nutricional, v. 19, n. 1, p. 46-59, 2012.
COCKRALL-KING, Jennifer. Food and the city: urban agriculture and the new food revolution. Estados Unidos, Prometheus Books, 2012, 372 p.
CUMMINS, Steven. Food deserts. The Wiley Blackwell Encyclopedia of Health, Illness, Behavior, and Society, 2014.
DA SILVA, José Francisco Graziano. A modernização dolorosa: estrutura agrária, fronteira agrícola e trabalhadores rurais no Brasil. Zahar Editores, 1982.
DE MELLO, João Manuel Cardoso. O capitalismo tardio: contribuição à revisão crítica da formação e do desenvolvimento da economia brasileira. Editora Brasiliense, 1982.
DIOP, Ndiame; JAFFEE, S. Fruits and vegetables: global trade and competition in fresh and processed product markets. Global agricultural trade and developing countries, p. 237-257, 2005.
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Disponível), Estatísticas do Século XX, 2007. Disponível em: http://seculoxx.ibge.gov.br/
IBGE Cidades, Distrito Federal, 2016. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=530010
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, 2013.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. IBGE, 2010.
JUNQUEIRA, Antonio Hélio; PEETZ, Marcia da Silva. 100 anos de feiras livres na cidade de São Paulo; tradução Traduzca.com; fotografias Maycon Lima; Jailton Leal. São Paulo: Via Impressa Edições de Arte, 2015. 312 p.
LANG, Tim. Reshaping the food system for ecological public health. Journal of Hunger & Environmental Nutrition, v. 4, n. 3-4, p. 315-335, 2009.
LEDA, Luisa Corrêa. Sistema tradicional de varejo de alimento e sua importância para a segurança alimentar e nutricional: o caso do Distrito Federal. 2011, 133 f. Dissertação (Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural) – Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
MORGAN, Kevin. Feeding the city: The challenge of urban food planning. 2009.
MÜLLER, Geraldo. Fome: o não-direito do não-cidadão. Covre, MLM A cidadania que não temos. São Paulo, Brasiliense, p. 13-38, 1986.
PAIVA, Ruy Miller. REFLEXÕES SÔBRE AS TENDÊNCIAS DA PRODUÇÃO, DA PRODUTIVIDADE E DOS PREÇOS DO SETOR AGRÍCOLA DO BRASIL. 1965.
PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION, WORLD HEALTH ORGANIZATION. Consumption of ultra-processed food and drink products in Latin America: Trends, impact on obesity, and policy implications. 2014.
POTHUKUCHI, Kameshwari; KAUFMAN, Jerome L. The food system: A stranger to the planning field. Journal of the American planning association, v. 66, n. 2, p. 113-124, 2000.
PRITCHARD, Bill. Regoverning Markets: A Place for Small‐Scale Producers in Modern Agrifood Chains?. Journal of Agrarian Change, v. 9, n. 3, p. 449-452, 2009.
REARDON, Thomas; BERDEGUE, Julio A. The rapid rise of supermarkets in Latin America: challenges and opportunities for development. Development policy review, v. 20, n. 4, p. 371-388, 2002.
REARDON, Thomas; BERDEGUÉ, Julio A. The retail-led transformation of agrifood systems and its implications for development policies. Latin American Center for Rural Development (RIMISP), Santiago, Chile, 2006.
SILVEIRA, Maria Laura; SANTOS, Milton. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
STEEL, Carolyn. Hungry city: How food shapes our lives. Random House, 2013.
SuperMercadoModerno, Relatório Anual, ano 41, nº 4, 2010.
The Food Trust. Philadelphia Healthy Corner Store Network, Philadelphia Department of Public Health, 2014.
WISKERKE, Johannes SC. On places lost and places regained: Reflections on the alternative food geography and sustainable regional development. International planning studies, v. 14, n. 4, p. 369-387, 2009.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Newton Narciso Gomes Jr, Luísa Corrêa Leda

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html