Sistemas Agroflorestais e Produção Agroecológica de Café na Região do Pontal do Paranapanema
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2014.v17i1.163Resumo
O referido artigo tem como objetivos principais caracterizar os aspectos socioeconômicos e ambientais dos sistemas produtivos cafeeiros convencionais e ecológicos (sistemas agroflorestais) da região do Pontal do Paranapanema, em áreas de assentamentos rurais, avaliando a sustentabilidade desses agroecossistemas e as oportunidades de geração de renda e segurança
alimentar às famílias. Apesar do café produzido nos sistemas agroflorestais não
receber aplicações de agroquímicos e ostentar uma alta diversidade de espécies,
caracterizando-o como um café de base ecológica, os agricultores não têm
alcançado melhores preços de mercado por alguns determinados fatores. A
colaboração dos SAFs na renda familiar poderia ser quintuplicada apenas com
o pagamento justo pelo café agroecológico produzido. Tanto a biodiversidade
intrínseca (dentro do agroecossistema), quanto a extrínseca (encontrada no
entorno do agroecossistema), fragmentos de mata nativa e a matriz florestal,
neste caso em específico, o Parque Estadual Morro do Diabo, têm contribuído
para a agricultura local. A resiliência (menor incidência de pragas, recuperação
pós-geadas e chuvas de granizo), a auto-suficiência e a produtividade alcançada
pelos agroecossistemas estudados estão diretamente relacionados com a biodiversidade da floresta local e dos agroecossistemas biodiversos (SAFs). Assim, verificou-se que as unidades familiares em transição agroecológica estão cumprindo a função de conservação dos recursos naturais, diversificação da paisagem rural, promoção da segurança alimentar e resgate de práticas agroecológicas.
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