A Educação no Campo e a sua Realidade: A Esquizofrenia Teórica em Xeque?
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2008.v11i1.24Palavras-chave:
Educação no Campo, Crítica à Razão Dualista, Diversidade Cultural.Resumo
Objetiva-se contribuir no debate sobre a educação no campo,procurando recuperar alguns conceitos elaborados na área antropológica, na qual se acumularam conhecimentos sobre a diversidade cultural. Também são destacadas análises produzidas na área educacional, em especial na história da educação, que trazem à luz informações pouco conhecidas, as quais permitem a compreensão de alguns processos em andamento, e compartilham o aporte teórico da perspectiva antropológica adotada. Esse aporte não contrapõe o singular ao universal e sua explicitação, mesmo que sucinta, permite recolocar aquele debate em novo patamar. Documentos oficiais como as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, do Conselho Nacional de Educação, e outros publicados pelo Ministério da Educação, que reivindicam a especificidade dessa educação voltada para o alunado marcado pela diversidade cultural e que vive no espaço rural, são tomados como ponto de partida para proceder à crítica de certo enfoque sobre a temática. Esse enfoque tem sido caracterizado pelo ecletismo metodológico e pela falta de rigor teórico que se evidencia no emprego incoerente de categorias iluminadas por diferentes opções analíticas, estabelecendo um conflito que não é falso.
Dessa maneira, tem-se perdido de vista o movimento da história. Com base na contribuição oferecida, propõe-se que a educação no campo seja pensada em outros termos.
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