PNRA e Juventude rural: 30 anos depois – balanço e apontamentos em um contexto de ruptura institucional
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2016.v19i2.240Palavras-chave:
Reforma Agrária, Juventude Rural, Políticas PúblicasResumo
O artigo é uma contribuição para um balanço das políticas públicas de juventude rural e o seu diálogo com os 30 anos do Programa Nacional de Reforma Agrária. Para tal tratarei a partir de duas chaves : no que avançamos e no que não avançamos nas políticas públicas de juventude rural; e balanço e desafios para a reforma agrária : continuidades, rupturas e o golpe parlamentar e de estado em curso. O que observamos é que nos governos Lula-Dilma houve avanços fundamentais em política públicas para a agricultura familiar, ainda que não se tenha efetivamente realizado a Reforma Agrária. Contudo, nesses governos houve o reconhecimento político e social das populações rurais, indígenas e dos povos e comunidades tradicionais, e da juventude, o que pode ser uma importante articulação de resistência para retrocessos nas políticas e ações voltadas para a agricultura familiar, camponesa, dos povos e comunidade tradicionais e indígenas. O fortalecimento identitário e os espaços de organização em movimentos sociais, redes e mesmo em espaços formais de participação social no governo federal podem ter promovido um caldo organizativo de difícil dissolução, mesmo por atos arbitrários e autoritários como os que já estamos experimentando no País.
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