PNRA e Juventude rural: 30 anos depois – balanço e apontamentos em um contexto de ruptura institucional

Autores

  • Elisa Guaraná de Castro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Departamento de Letras e Ciências Sociais.

DOI:

https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2016.v19i2.240

Palavras-chave:

Reforma Agrária, Juventude Rural, Políticas Públicas

Resumo

O artigo é uma contribuição para um balanço das políticas públicas de juventude rural e o seu diálogo com os 30 anos do Programa Nacional de Reforma Agrária. Para tal tratarei a partir de duas chaves : no que avançamos e no que não avançamos nas políticas públicas de juventude rural; e balanço e desafios para a reforma agrária : continuidades, rupturas e o golpe parlamentar e de estado em curso. O que observamos é que nos governos Lula-Dilma houve avanços fundamentais em política públicas para a agricultura familiar, ainda que não se tenha efetivamente realizado a Reforma Agrária. Contudo, nesses governos houve o reconhecimento político e social das populações rurais, indígenas e dos povos e comunidades tradicionais, e da juventude, o que pode ser uma importante articulação de resistência para retrocessos nas políticas e ações voltadas para a agricultura familiar, camponesa, dos povos e comunidade tradicionais e indígenas. O fortalecimento identitário e os espaços de organização em movimentos sociais, redes e mesmo em espaços formais de participação social no governo federal podem ter promovido um caldo organizativo de difícil dissolução, mesmo por atos arbitrários e autoritários como os que já estamos experimentando no País.

Biografia do Autor

Elisa Guaraná de Castro, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Departamento de Letras e Ciências Sociais.

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), mestrado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995) e doutorado em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005) tendo defendido a tese Entre o Rural e o Urbano - uma etnografia da categoria juventude rural. Publicada em 2013 pela editora Contra Capa com apoio da Faperj. É professora associada da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro desde 1998 atuando na graduação, na Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedadede (CPDA) e na Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS). Tem experiência na área de Sociologia e Antropologia, principalmente nos seguintes temas: reforma agrária, juventude, juventude rural, políticas públicas, marcadores sociais, identidade social e identidade politica.

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Publicado

2016-07-02

Como Citar

de Castro, E. G. (2016). PNRA e Juventude rural: 30 anos depois – balanço e apontamentos em um contexto de ruptura institucional. Retratos De Assentamentos, 19(2), 98-124. https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2016.v19i2.240

Edição

Seção

Artigos Originais