Limites e perspectivas da transição agroecológica em assentamentos rurais no nordeste paraense
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2017.v20i1.256Palavras-chave:
Agroecologia, Reforma Agrária, Campesinato, Amazônia.Resumo
A crise ambiental está ligada ao modo de produção capitalista. A Revolução Verde mudou o jeito de fazer agricultura no mundo, deixando de ser baseado no trabalho e nos recursos naturais, para ser baseado em capital. Os(as) camponeses(as) tem resistido a este modelo, realizando o que hoje se denomina de Agroecologia, que vem sendo defendida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Objetivou-se, investigar e discutir as limitações e perspectivas entre os processos de transição agroecológica dentro do contexto da reforma agrária. Para esta investigação foi utilizada a pesquisa qualitativa, através de pesquisa-ação, com abordagem materialista-histórica e dialética. Na coleta de dados foram utilizadas as entrevistas semiestruturadas, rodas de conversas, observação participante, pesquisa documental e bibliográfica e registros fotográficos. O método de análise dos dados foi a hermenêutica-dialética. Pode-se extrair seis limitações e seis perspectivas no processo de transição agroecológica, dentro do MST. Conclui-se que as ações do capitalismo no campo requerem que os movimentos de transformação saiam da lógica da resistência para a construção de uma ofensiva camponesa. Os limites apresentados só serão superados por uma práxis transformadora. Assim, a Agroecologia só se constrói com luta, relações sociais dialógicas, autonomia e organização e trabalho coletivo.
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