Escravidão rural moderna e heranças de tempos perversos
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2024.v27i1.569Palavras-chave:
Escravidão Contemporânea, Zona Rural, Impunidade, SuperexploraçãoResumo
O presente trabalho tem como objetivo central a análise do trabalho escravo a partir de três vertentes: histórica, conceitual e políticas de enfrentamento. Além disso, o trabalho emprega a metodologia de abordagem qualitativa e fundamenta-se em pesquisa bibliográfica e documental. A primeira vertente procura articular a compreensão do fenômeno ao processo de formação e exploração da força de trabalho no campo, a partir de sua historicidade. Já a segunda vertente propõe uma reflexão acerca dos limites conceituais atribuídos ao trabalho escravo contemporâneo, à luz das variadas perspectivas teóricas. A terceira vertente busca compreender a atuação do Estado em relação à questão, contemplando a análise das políticas de combate ao trabalho escravo. Conclui-se que o trabalho escravo contemporâneo representa a máxima degradação das condições de trabalho, que se concretiza na superexploração da mão de obra sob coação, prejudicando também as relações humanas. Do mesmo modo, a escravidão contemporânea decorre de fatores inerentes à lógica capitalista, uma vez que emprega condutas exploratórias visando à ampliação de lucros. As condições de trabalho análogas à escravidão ainda permanecem atualmente em grande parte do mundo. Portanto, o objetivo principal deste trabalho é caracterizar a escravidão moderna na zona rural brasileira e expor uma visão realista das atuais condições de trabalho no Brasil.
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