Educação do campo: desafios da expansão da pedagogia da alternância e da educação popular no âmbito do estado.
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2016.v19i1.206Palavras-chave:
Assentamento de Reforma Agrária, Agroextrativismo, Cerrado, Agroecologia.Resumo
Este artigo pretende discorrer sobre práticas educativas na educação do campo por meio da Pedagogia da Alternância no Estado do Espírito Santo. O estudo se pautou em metodologia de pesquisa qualitativa e na técnica da análise documental e da observação da prática pedagógica. O ponto de observação é uma escola Estadual que forma técnicos em agropecuária de forma integrada a formação em nível médio. Buscamos entender a educação como espaço de construção da participação sócio-política dos atores sociais campesinos visualizando nessas experiências o fomento à democracia e práticas educativas inovadoras. Após anos sendo relegada, compreendida como secundária, atrasada, e até mesmo desimportante, cujos conhecimentos e práticas muitas vezes foram desprezados, a educação do campo tem sido, recentemente, objeto de estudos e de políticas públicas no Brasil, apresentando práticas de resistência contra o projeto neoliberal. O Espírito Santo, influenciado pelo movimento de educação popular que nas décadas de 50 e 60 se espraiava pelo Brasil e América Latina, pode ser considerado como o nascedouro de resistências e apresenta desdobramentos contundentes principalmente por meio da assunção da Pedagogia da Alternância (PA) como uma prática educativa própria e apropriada aos povos do campo.
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