Ecologia humana no MST: os saberes-fazeres em forma de resistência em um assentamento agrário na Amazônia Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2020.v23i1.378Palavras-chave:
Ecologia Humana. Relação homem-natureza. MST. Rondônia.Resumo
O estudo analisa o relacionamento entre o biofísico e o social no contexto de vida de camponesas e camponeses resultantes de assentamentos da “reforma agrária” do MST na Amazônia brasileira. Neste caso, utilizamos como referência o assentamento Margarida Alves, que é composto por cerca de 258 famílias de camponesas e camponeses, distribuídas em cerca de onze mil hectares em parcelas de cerca de 24 hectares por família, localizado na região central de Rondônia. A metodologia parte da combinação had hoc de metodologias quantitativas seguidas de metodologias qualitativas adaptadas do método de “contextualização progressiva” (VAYDA, 1983), que por sua vez estabelece procedimentos progressivamente mais amplos ou densos para analisar interações homem-ambiente. O estudo traz a agrobiodiversidade de ecossistemas locais que tem representado uma rica diversidade genética, resultado de um acervo de conhecimento diversificado que se manifesta, não poucas vezes, nas diversas formas de vida material e simbólica como representação social do meio ambiente local; cultivando, planejando, cuidando e guardando um acervo de biodiversidade no amplo mapa do desmatamento e da pecuária extensiva no estado de Rondônia.
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