Estratégias para enfrentar a fome no acampamento Santa Helena, São Carlos-SP
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2024.v27i1.588Palavras-chave:
Segurança e Soberania Alimentar, estratégias de sobrevivência, assentamento da reforma agrária.Resumo
A literatura tem mostrado que a fome no Brasil é estrutural e multifatorial, relacionada à pobreza, ao êxodo rural e à falta de acesso aos alimentos. Esses estudos fundamentaram as políticas públicas de segurança alimentar e nutricional dos anos 2000, as quais abarcavam a reforma agrária como uma das diretrizes para combater a fome. Baseadas nos conceitos segurança e soberania alimentar, entrevistamos nove trabalhadores do Assentamento Santa Helena para compreender as suas representações sobre fome e as estratégias para lidar com ela durante a ocupação. Entre as estratégias mais utilizadas encontramos as aplicações dos saberes tradicionais para produzir em condições adversas, o trabalho informal na cidade e no campo, o racionamento e a partilha de alimentos. Essas memórias têm sido ressignificadas pelos trabalhadores como um motivo para lutar pela permanência no território.
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