A memória do jongo em bananal – SP:no encalço do ponto perdido

Autores

  • Diego da Costa Vitorino UNESP
  • Dulce Consuelo A. Whitaker UNIARA

DOI:

https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2014.v17i2.177

Palavras-chave:

Memória Social, Cultura, História Afrobrasileira.

Resumo

Este trabalho apresenta dados de uma pesquisa etnográfica que teve como lócus a pequena cidade de Bananal (pouco mais de 11 mil habitantes), localizada no Vale do Paraíba no Estado de São Paulo – Brasil. Historicamente, Bananal se consagrou como uma das principais produtoras de café no século XIX, na região leste do Estado paulista. Inicialmente a pesquisa investigou entre os estudantes locais o imaginário popular sobre um personagem característico do "folclore" no país: o Saci. Os pesquisadores perceberam que para além dos muros da escola local, havia memórias, músicas e danças que são característicos de populações negras trazidas através da diáspora africana. Bananal está situada no Vale Histórico do Rio Paraíba do Sul, que ainda hoje preserva as marcas d acultura tradicional e permanece na memória de seus habitantes, tais como: o Jongo – um estilo musical que pode-se identificar como música da diáspora, devido a particularidade da antifonia do canto. Este cenário de Bananal foi ideal para partir da história oral, reconstruir as memórias da comunidade, do Jongo e da história dos negros no Brasil, sem esquecer a condição precária do sistema escolar público utilizado por estes grupos sociais em sua formação inicial.

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Publicado

2014-07-10

Como Citar

Vitorino, D. da C., & Whitaker, D. C. A. (2014). A memória do jongo em bananal – SP:no encalço do ponto perdido. Retratos De Assentamentos, 17(2), 291-338. https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2014.v17i2.177

Edição

Seção

Artigos Originais