Reorganização do Capital: Agronegócio e Expropriação Camponesa
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2013.v16i1.136Resumen
Este texto tem por objetivo debater os recorrentes processos de acumulação do capital e a questão da expropriação de terras como estratégias de expansão reprodutiva do sistema capitalista, baseado na condição de que este sistema utiliza-se de velhas e novas formas de cercamentos para continuar sua eprodução. Tem como base a pesquisa exploratória e pretende discutir numa abordagem materialista dialética, os atuais processos de acumulação de capital como continuo inerente à acumulação capitalista a partir da analise de Marx, Harvey, De Angellis e do grupo de pesquisadores do Midnight Notes Collective da Revista The Commoner. Fizemos uso da analise documental e entrevistas para analisar a relação desta discussão teórica com um caso empírico de grilagem de terras de camponeses no Estado do Tocantins, Brasil. Como
resultados preliminares, podemos afirmar que nos municípios de Goiatins, Barra
do Ouro e Campos Lindos os camponeses sofrem dois tipos de cercamentos:a forma clássica e a parlamentar. No primeiro caso, pelos sojicultores que, através de documentos forjados, ameaças e violências, expulsaram em 1995 em torno de 80 famílias de suas posses. No segundo caso, pelo Governo Estadual que com Decreto 436/97, desapropriou 105.000 ha para a produção de soja, desalojando mais de 100 famílias. Há mais de 15 anos esses camponeses com apoio de movimentos sociais, lutam para que a justiça brasileira resolva este conflito pela posse da terra e concedam-lhes os seus títulos de proprietários.
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