Violência, Repressão e Resistências Camponesas: Reflexões e (RE) Construções a Part ir da Comissão Camponesa da Verdade
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2015.v18i2.196Palabras clave:
violação de direitos, memória camponesa, violência, direitos humanos, Comissão Camponesa da Verdade.Resumen
A criação da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em 2011, recolocou em pauta a necessidade de rever o passado, especialmente o período de repressão pós-1964 no Brasil. Este artigo reflete sobre essa necessidade de (re)construir a memória a partir da criação e atuação da Comissão Camponesa da Verdade (CCV), criada em 2012, por professores, intelectuais, militantes de movimentos sociais ligados ao campo e gestores públicos para incidir sobre as definições CNV. As reflexões partem de discussões, reuniões, pesquisas, investigações e (re)construção da memória procurando dar visibilidade às violações de direitos contra camponeses a partir de 1946, e de incidências sobre os trabalhos da Comissão Nacional. A memória é entendida aqui como presentificação, possibilitando não só (re)visitar e rememorar o passado, mas principalmente (re)construí-lo para que não seja esquecido. Assim como a Comissão Camponesa tem como objetivo explicitar a verdade, este artigo procura discutir a (re)construção do passado, ao dar visibilidade a sujeitos que resistiram à ditadura e sofreram violências, como instrumento de justiça e de reparação, mas também como uma forma de evitar que violações contra os direitos das populações do campo se repitam na história nacional.
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