A Prática Pedagógica no Curso de Agroecologia do MST: A Busca pela Educação Física “Superadora”
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2008.v11i1.23Palabras clave:
Educação, Educação Física, Lazer, Cultura Corporal.Resumen
Este trabalho refere-se a reflexões feitas acerca da experiência obtida na disciplina de Educação Física no curso de nível médio integrado ao técnico em Agroecologia do MST. Com a parceria entre instituições de ensino, associações de técnicos agropecuários, a Prefeitura Municipal de Presidente Prudente e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, o curso teve início em setembro de 2007 em Presidente Prudente, no oeste do Estado de São Paulo. Sua previsão de termino é em 2010. O referido curso apresenta características diferenciadas dos cursos tradicionais, como a pedagogia da alternância e a forma de organização dos educandos que apresenta imensa proximidade com a disciplina do MST. Esta traz fortemente as bandeiras de luta defendidas pelo Movimento e procura enfatizar as metodologias organizacionais de trabalho e valorizar o seu acervo políticocultural. A partir da ministração da disciplina de Educação Física, associada à técnica da observação participante, buscou-se analisar os avanços que o curso proporcionou aos jovens, no que diz respeito à formação crítica. Constatou-se que as aulas de Educação Física foram importantes para uma reflexão acerca do tempo livre e do lazer, das relações interpessoais e, principalmente, em relação às mulheres. O contato com a Cultura Corporal, associada à reflexão crítica e à discussão, trouxe o reconhecimento da possibilidade de contestação e auto-organização em relação ao lazer, além da mudança de opinião em
relação à Cultura Corporal como possibilidade de lazer e cultura.
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