Reforma Agrária Popular do MST: avanços e limitações da proposta agroecológica no PA Abril Vermelho, em Santa Bárbara-PA.
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2020.v23i2.410Palabras clave:
Campesinato, Agroecologia, Soberania Alimentar.Resumen
O início do século XXI é marcado pelo avanço do agronegócio nas áreas rurais, levando o MST a reavaliar sua forma de enfrentamento. Neste contexto, o movimento lança uma nova proposta de luta campesina, intitulada: “Reforma Agrária Popular”, a qual é ancorada em princípios da agroecologia. A mesma se contrapõe ao modelo vigente do agronegócio, o qual é baseado essencialmente na exploração do monocultivo em extensas áreas, altamente dependente de insumos externos, apresentando e defendendo um modelo de agricultura: diversificada, sustentada em bases ecológicas, voltada para a produção de alimentos saudáveis e a conquista da soberania alimentar. Este trabalho objetiva analisar como a “Reforma Agrária Popular” está sendo aplicada no PA Abril Vermelho, em Santa Bárbara-PA, identificando seus avanços e limitações. Foram utilizadas as técnicas de pesquisa: documentação indireta; observação participante; análise histórica; caracterização das práticas produtivas; entrevistas semiestruturadas, caminhada transversal (nos lotes); e registros fotográficos. Como resultados, apontamos que a proposta agroecológica do MST tem proporcionado aos assentados do PA Abril Vermelho uma produção: diversificada, orgânica, ecológica, gerando alimentação saudável e renda. Em contrapartida, encontra limitações como: desgaste da terra; falta de mão de obra; limitações físicas dos próprios assentados; e falta de apoio das gestões públicas locais, sendo, contudo, um modelo de produção que tem sido capaz de fortalecer suas autonomias produtivas.
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