Os desdobramentos políticos do (NEO)pentecostalismo no assentamento Olga Benário em Ipameri (GO)
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2020.v23i2.449Palabras clave:
Política, (Neo)pentecostalismo, Assentamento Olga Benário, Ipameri, GoiásResumen
O objetivo deste artigo é compreender os desdobramentos políticos do (neo)pentecostalismo no Assentamento Olga Benário, localizado no município de Ipameri (GO), com ênfase na compreensão, pelos assentados, acerca do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da luta pela terra e da vida no assentamento. Os depoimentos apresentados foram extraídos da transcrição de 40, das 55 entrevistas realizadas, no ano de 2015, no Assentamento Olga Benário, juntamente com alguns registros fotográficos desta época (2015) e de anos anteriores (2012/13). De modo geral, acreditamos que o (neo)pentecostalismo contribui com a dissociação entre os fiéis e seus problemas políticos, fazendo-os transferirem ao plano espiritual a solução das dificuldades da vida, ficando, sem generalizações, alheios à mobilização e reivindicação objetivas, realizadas no tempo e espaço presentes. Por isso, mesmo tendo participado do MST, muitos relativizam e/ou negam a importância política deste movimento social e se colocam diante de uma solução individual dos problemas ou em conjunto, mas restrita à comunidade de fiéis que compõem uma igreja. Isto mostra também, possivelmente, uma desresponsabilização dos indivíduos sobre o destino das suas vidas, contando com a onipresença, onipotência e onisciência de Deus para a salvação eterna e a ascensão ao paraíso.
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