A luta pela Terra na Região de Ribeirão Preto: o Processo de Formação e Organização do Assentamento Mário Lago
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2009.v12i1.60Resumen
O presente estudo de caso propõe-se a analisar o processo formação do
assentamento Mário Lago, bem como o seu modelo de organização social e de
produção. Para a coleta de dados junto às famílias, foram empregadas técnicas
qualitativas de pesquisa (entrevista semi-estruturada), além de dados quantitativos colhidos junto ao Incra. O assentamento originou-se a partir de uma ocupação de terras liderada pelo MST no ano de 2003. Atualmente, o assentamento é constituído por 264 famílias, subdividido em 20 núcleos de moradia, que agregam de 10 a 20 famílias. Para cada núcleo, existe um coordenador e uma coordenadora geral, cujas responsabilidades são as orientações e a organização de cada núcleo. Simultaneamente a essa organização, existem coordenadores, de ambos os gêneros, que são responsáveis pelos seguintes setores: segurança, saúde, educação, ciranda
infantil, esporte, cultura e lazer, jovens e produção. A ausência de políticas públicas no assentamento, nas áreas de saneamento básico, saúde, educação, coleta de lixo e transporte público vêm gerando permanentes conflitos entre as famílias assentadas com o poder público local. O movimento vem utilizando a área nos moldes da agricultura orgânica, pretendendo construir um cinturão verde que garanta o fornecimento desses produtos para o município de Ribeirão Preto.
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