O Desenvolvimento do Projeto Educação do Campo em um Assentamento da Reforma Agrária no Município de Araraquara/SP: Uma Possibilidade de Intervenção na Problemática Ambiental
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2006.v9i1.31Resumo
Após a revolução industrial, principalmente durante a última metade do século XX, o modelo urbano-industrial de vida estabeleceu-se de forma hegemônica, estimulando o consumo de produtos descartáveis de difícil degradação. Conforme Guimarães (2000), esse modelo social potencializa-se dentro de uma lógica de valores individualistas, consumistas e de atitudes antropocêntricas traduzidas pela dominação utilitarista e totalitária da natureza pelo homem. Um dos aspectos em que a degradação ambiental é bastante acentuada, pelo modo dessa civilização se relacionar com a terra, está na prática agrícola. Esta evoluiu de tal maneira que acabou com muitas espécies e ainda está colocando em alto risco a existência de muitas outras. Segundo Romeiro (1998), mesmo com a sobrevivência de grupos de: camponeses, quilombolas e tribos indígenas que persistem desenvolvendo uma prática agrícola que leva em conta as restrições biológicas. Prática esta, atualmente denominada de agricultura tradicional que, também apresenta uma simplificação e provoca a seleção de espécies, porém diferencia-se por priorizar a subsistência e procurar “imitar” as características naturais de uma floresta utilizando, por exemplo, práticas de plantio itinerante e cultivo diversificado, ou seja, não eliminam os nutrientes do solo.
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