A construção da soberania alimentar por movimentos socioterritoriais: uma análise do assentamento Emiliano Zapata no município de Ponta Grossa-PR
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2024.v27i2.605Palavras-chave:
agroecologia, reforma agrária, territórioResumo
Neste trabalho, investigamos a interconexão entre movimentos socioterritoriais e a soberania alimentar, centrando nosso estudo no assentamento Emiliano Zapata, situado no município de Ponta Grossa-PR, e vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Abordamos como o MST, através da prática da Agroecologia, contribui para a soberania alimentar em sua busca por reforma agrária e melhores condições de vida no campo. O MST adota a agroecologia como um meio de resistência às práticas do agronegócio prejudiciais ao meio ambiente, promovendo um modelo de produção sustentável e socialmente justo. Este estudo baseia-se em uma pesquisa de campo, incluindo a aplicação de questionários aos produtores do assentamento Emiliano Zapata. Nossos resultados destacam a importância da agroecologia na promoção da soberania alimentar, respeitando as tradições e culturas locais e aproximando os produtores dos consumidores. Além disso, discutimos a necessidade de políticas públicas de apoio à agroecologia e o aperfeiçoamento das políticas existentes.
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