Micro usina bioconstruída com um planejamento permacultural para agregação de valor
modelo para uma micro usina de laticínios
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2025.v28i2.642Palabras clave:
permacultura, microusina de laticínios, planejamento rural, agricultura familiar camponesaResumen
Este estudo desenvolve um modelo para uma microusina de laticínios no Assentamento Padre Antônio Conselheiro II (Mirante do Paranapanema/SP), projetada para agregar valor à produção leiteira da agricultura familiar camponesa por meio da integração de princípios da permacultura e agroecologia. A partir de uma metodologia de planejamento permacultural adaptada (FERREIRA; OKIMOTO; PAIVA, 2024), foram realizados levantamentos socioambientais e análises cartográficas que resultaram na definição de um zoneamento funcional para áreas produtivas e de conservação. O design do projeto prioriza sistemas integrados, como agroflorestas e pastagem rotacionada para alimentação do rebanho, a bioconstrução da unidade de beneficiamento com estratégias bioclimáticas e a inserção em circuitos de economia solidária. Conclui-se que o modelo proposto, ao articular o beneficiamento local com a regeneração do solo e a autonomia produtiva, fortalece a resiliência camponesa, reduz custos operacionais e se apresenta como uma estratégia replicável para o desenvolvimento territorial sustentável, em consonância com os ideais da reforma agrária popular.
Citas
DIESEL, Vivien et al. Caracterização da agroindústria familiar de aguardente de cana-de-açúcar na Região da Quarta Colônia–RS. In: Congresso Internacional de Desenvolvimento Rural e Agroindústria familiar, 1o. Anais. São Luiz Gonzaga: UERGS, 2005.
FERREIRA, Nemer Ricardo Amaral; OKIMOTO, Fernando Sérgio; PAIVA, Leticia Aparecida de. Permacultura e geotecnologias para o planejamento socioambiental urbano: parque do povo de presidente prudente/sp. Periódico Técnico e Científico Cidades Verdes, [S.L.], v. 12, n. 34, p. 127-143, 19 jul. 2024. ANAP - Associação Amigos de Natureza de Alta Paulista. http://dx.doi.org/10.17271/23178604123420245077.
Goebel, Alice Davesac - Estudo de caso: mapeamento de processos da Agroindústria Laticínios Boqueirão, produtora de leite de Santa Vitória do Palmar - RS - GoeTrabalho de Conclusão de Curso - Faculdade de Administração e Turismo, Universidade Federal de Pelotas, 2017.
GONÇALVES, Sérgio. A luta na terra: os assentamentos do MST e o desenvolvimento do município de Querência do Norte–PR. Presidente Prudente, SP: Copy Set, 2008.
GUARIBA, Chico. O Pontal do Paranapanema – documentário. Publicado em 2014. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EZFhKZl3JZE. Acesso em:
IANNI, Octavio. A luta pela terra. Petrópolis: Vozes, 1981. (Coleção Cadernos do povo brasileiro, v. 8).
IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Avaliação da situação de assentamentos da reforma agrária no Estado de São Paulo: fatores de sucesso e insucesso. Brasília: Ipea, 2010.
JÚNIOR, José Américo Dinniz. Religião e MST: Estudos dos batistas da Congregação Monte Sião no Assentamento “Antonio Conselheiro II” na Região do Pontal Paranapanema. Dissertação do Mestrado. Universidade Metodista de São Paulo - UMESP. Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião. Programa de Pós - Graduação em Ciências da Religião. São Bernardo dos Campos, 2007.
MOLLISON, Bill; SLAY, Reny Mia. Introdução à Permacultura. Tradução de André Luis Jaeger Soares. Brasília: Ministério da Agricultura e Abastecimento/Secretaria de Desenvolvimento Rural/Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, 1998.
Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Início da nossa história. Disponível em: https://mst.org.br/nossa-historia/inicio/. Acesso em:
OKIMOTO, F. S.. Permacultura Urbana: Políticas Públicas para a Produção e para a Vivência nas Cidades Durante e Pós-Pandemia. In: Sandra Medina Benini; Leonice Seolin Dias; Allan Leon C da Silva; Juliana Heloisa Pinê Américo-Pinheiro; Ana Paula Branco do Nascimento; Andreza Portella Ribeiro; Érica Lemos Gulinelli; Geise Brizotti Pasquotto; Karla Garcia Biernath; Karina A. Mattos. (Org.). Pandemia do Coronavírus: abordagem multidisciplinar. 1ed.Tupã/SP: ANAP, 2021, v. 1, p. 235-260.
ONO, Guilherme Kenji; MENDES, Camila Pereira; OKIMOTO, Fernando Sérgio. Planejamento permacultural de uma propriedade rural periurbana em Presidente Prudente/SP. Periódico Técnico e Científico Cidades Verdes, [S. l.], v. 13, n. 40, 2025. DOI: 10.17271/23178604134020255647.
PERONDI, Miguel Angelo; KIYOTA, Norma. Gestão na agroindústria familiar de pequeno porte de cana-de-açúcar. Agroindústria canavieira no Brasil: evolução, desenvolvimento e desafios. São Paulo: Atlas, 2002.
PRADO JUNIOR, Caio. A questão agrária no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1979.
PRADO, Luma; INDRIUNAS, Luís. De Olho Nos Ruralistas. Os verdadeiros invasores do Pontal do Paranapanema. Publicado em 7 ago. 2023. Disponível em: https://deolhonosruralistas.com.br/2023/08/07/video-mostra-quem-sao-os-verdadeiros-invasores-do-pontal-do-paranapanema/. Acesso em:
RABELLO, Diógenes. Campesinato e agrohidronegócio canavieiro no Pontal do Paranapanema: os desafios para a transição agroecológica, pg 45, 2014).
TORRES, Eloiza C.; SILVA JÚNIOR, Francisco. Pontal do Paranapanema… Geografia (Londrina), v. 19, n. 1, 2010.
SANTOS, Jaqueline Sgarbi. Agroindústria familiar rural no Alto Uruguai do RionGrande do Sul: uma análise do processo de comercialização. 2006. 130 f. Dissertação (Mestrado em Agroecossistemas) - Centro de Ciências Agrárias - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.
SILVA, Marta E. S.; BARONE, L. A.; IZIDORO, L. T. A produção leiteira em assentamentos de reforma agrária: renda, organização e resistência. Retratos de Assentamento - V. 14 N. 01 - 2011;
SINGER, Paul. Introdução à Economia Solidária / Paul Singer – 1ª ed. – São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2002
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Retratos de Assentamentos

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html


