“Agora é uma riqueza medonha e todo mundo é doente”: repercus¬sões da modernização agrícola sobre a saúde de mulheres camponesas na Chapada do Apodi/CE

Autores

  • Maria de Lourdes Vicente da Silva Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Raquel Maria Rigotto Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Mayara Melo Rocha Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2015.v18i1.181

Palavras-chave:

Mulheres, Agronegócio, Agrotóxicos, Saúde e Ambiente

Resumo

O presente estudo objetiva analisar as repercussões da modernização
agrícola sobre a saúde de mulheres camponesas que vivem na Chapada do Apodi/CE, marcada pela desterritorialização promovida pela implantação de políticas públicas de irrigação e de empresas de fruticultura irrigada. A partir de abordagens teóricas que compreendem as mulheres como sujeitos do conhecimento e de metodologias feministas, valorizou- -se o conhecimento situado das mulheres, expresso através de histórias de vida, enfocando nuances do conflito ambiental sob o foco da saúde. Como resultado desse processo pode-se afirmar que as mulheres estão vivenciando situações de desigualdade e vulnerabilização, pela imposição de riscos modernos, cada vez mais amplos e complexos, desconhecidos na cultura tradicional camponesa. Revela-se o papel do Estado na promoção da desterritorialização, na insuficiência das políticas públicas responsáveis pela garantia de direitos como a saúde, o trabalho e o ambiente, resultando no ocultamento dos riscos e danos. Neste contexto, novas necessidades de saúde são identificadas e as mulheres apontam caminhos para a com preensão dos processos da vida em sua dinâmica de complexidade e para a superação das desigualdades socialmente produzidas.

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Publicado

2015-01-09

Como Citar

Silva, M. de L. V. da, Rigotto, R. M., & Rocha, M. M. (2015). “Agora é uma riqueza medonha e todo mundo é doente”: repercus¬sões da modernização agrícola sobre a saúde de mulheres camponesas na Chapada do Apodi/CE. Retratos De Assentamentos, 18(1), 67-90. https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2015.v18i1.181

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