Representações sociais sobre agricultura familiar para alunos de licenciatura em educação do campo residentes da zona rural
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2021.v24i2.393Keywords:
desenvolvimento humano, alimentação, práticas alimentares, representações sociais.Abstract
O objetivo deste trabalho foi identificar representações sociais de moradores do campo licenciandos em Educação do Campo sobre agricultura familiar. Estudo transversal, exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa e embasamento teórico na Teoria das Representações Sociais. Aplicou-se questionário para caracterização sociodemográfica e prática da agricultura familiar. Foram coletados dados cartográficos e textuais. Participaram do estudo 20 estudantes com idade média de 27 anos (10,28). Dos 20 estudantes, 80% (16) cultivavam hortas em casa e 85% (17) cultivavam pomares, cuja principal finalidade era autoconsumo. A agricultura familiar é representada como prática sustentável, cultural, praticada pelo núcleo familiar, produtora de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos e promotora de qualidade de vida, geradora de renda e voltada para autoconsumo. As concepções sobre agricultura familiar estão relacionadas ao tipo de agricultura praticada pelo grupo, às informações recebidas da comunidade, meios midiáticos e familiares, não ao conceito técnico sobre esse tema.References
ALVES, H. J.; BOOG, M. C. F. Representações sobre o consumo de frutas, verduras e legumes entre fruticultores de zona rural. Rev. Nutr., Campinas, v. 21, n.6, p.705-715, nov./dez. 2008.
ARAÚJO, G. S. Desenvolvimento do campo e educação: concepções, contradições e possibilidades. Entrelaçando, [S.l.], v. 6, n.1, p.24-34, set./dez. 2012.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece os conceitos, princípios e instrumentos destinados à formulação das políticas públicas direcionadas à Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 jul. 2006a. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11326.htm>. Acesso em 12 Dez 2017.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Censo Agropecuário 2006. Rio de Janeiro, RJ, 2006b.
CLAY, E.; CHAMON, E. M. Q. O.; RODRIGUES, A. M. Representações Sociais Sobre os Alimentos Orgânicos para Agricultores: uma Revisão da Literatura Nacional. Desenvolvimento em Questão, v. 14, n. 35, p. 243-273, jul./set., 2016.
CORRÊA, M. Repensando a família patriarcal brasileira. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v.37, p. 05-16, mai., 1981.
DA SILVA, K. R. et al. Diagnóstico rural participativo com produtores orgânicos da agricultura familiar: um estudo de caso sobre a transição orgânica no Sítio Aparecida do Camanducaia, Jaguariúna (SP). Cadernos de Agroecologia, v.9, n.3, 2014.
GRISA, C.; SCHNEIDER, S. Plantar pro gasto: a importância do autoconsumo entre famílias de agricultores do Rio Grande do Sul. RER, Piracicaba, v. 46, n. 2, p. 481-515, abr./jun. 2008.
GUANZIROLI, C.; ROMEIRO, A.; BUAINAIN, A. M.; SABBATO, A. DI BITTENCOURT, G. Desenvolvimento com equidade e agricultura familiar. In: GUANZIROLI, C.; ROMEIRO, A.; BUAINAIN, A. M.; SABBATO,A.;DIBITTENCOURT, G. Agricultura Familiar e Reforma Agrária no Século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2001. p. 15-16.
GUERRA, G. C. M.; ICHIKAWA, E. Y. As representações sociais da agroecologia para a agricultura familiar: a visão de pesquisadores, extensionistas e produtores rurais. Desenvolvimento em questão, v.11, n. 23, p. 40-73, mai./ago. 2013.
MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
NEVES, D. P. Agricultura familiar. In: CALDART, R. S. et al. (Orgs.). Dicionário de educação do campo. Rio de Janeiro; São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio; Expressão Popular, 2012.
REDIN, E. Trabalho na roça e organização da produção da família rural. Geoingá: Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Maringá, v. 5, n. 2, p. 166-186, 2013.
ROSEMBERG, B.; PERES, F. Reflexões sobre a educação relacionada aos agrotóxicos em comunidades rurais. In PERES, F.; MOREIRA, J. C. (Org). É veneno ou é remédio?:agrotóxicos, saúde e ambiente. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2003.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 2008.
SILVA, J. A; SILVA JÚNIOR, M. F. Representações sociais e agricultura familiar: indícios de práticas agrícolas sustentáveis no vale do Bananal – Salinas, Minas Gerais. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 22, n. 3, p. 525-538, dez. 2010.
TERRA, F. H. B. A Indústria de Agrotóxicos no Brasil. 2008.156 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Econômico) - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2008.
WOLF, E. Sociedades camponesas. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Retratos de Assentamentos
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html