O cotidiano das relações de gênero e agricultura familiar
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2015.v18i1.180Palabras clave:
Agricultura, Gênero, Política Social, Território, TrabalhoResumen
Objetivo do texto é analisar como se organiza o cotidiano das mulheres que moram na Linha Cerro da Lola, município de Toledo-PR, tendo como foco central as suas rotinas de trabalho e as formas de sociabilidade que estabelecem no território de moradia. Os resultados parciais da pesquisa, por meio de entrevistas com dezoito mulheres participantes do Clube de Damas ou Clube do Bolãozinho, indicam que as formas de sociabilidade diluem o segmento social considerado agricultores familiares, uma vez que ali convivem indivíduos e famílias de variadas condições econômicas, sobrepostas às condições de gênero, raça/etnia e gerações. Os resultados indicam que as mulheres entrevistadas têm como ocupação principal, em grande parte de seus horários, as atividades relacionadas ao trabalho que, nas formas assalariadas, apresentam-se com contratos informais (com recebimentos diários, assalariado urbano, por tarefas), combinadas com atividades de serviços domésticos e atividades agrícolas e pecuárias nas chácaras e sítios para aquelas que possuem terras. O trabalho das mulheres é, raras vezes, realizado com a contribuição de familiares, à exceção daqueles coletivos, com finalidades associativas.
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