O Sistema Produtivo do Assentamento Córrego Rico, Jaboticabal-SP: Diversificação Produtiva em Território do Agronegócio
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2011.v14i1.86Resumen
O principal objetivo dessa pesquisa é analisar o sistema produtivo do projeto de assentamento estadual Córrego Rico, localizado no município de Jaboticabal que, por sua vez, integra a região de Ribeirão Preto, localidade essa do estado de São Paulo caracterizada pela produção sucroalcooleira. O assentamento originou-se da ocupação do Horto Florestal de Córrego Rico em maio de 1998. Neste momento, cerca de 50 famílias de trabalhadores rurais emterra, liderados pela Feraesp, ocuparam a referida área, reivindicando-a para fins de reforma agrária. Muitas dessas famílias eram oriundas do município de Guariba (SP), sendo que vários desses trabalhadores rurais, em 1984, participaram da greve dos "boias-frias". Desde a implantação deste projeto de assentamento, os assentados vêm desenvolvendo no local uma policultura orgânica, destinando parte dessa produção ao autoconsumo e o excedente ao comércio. No ano de 2005, mediante uma parceria estabelecida com uma empresa do setor de cosméticos localizada no município de Botucatu, quatro famílias de trabalhadores rurais iniciaram o cultivo, em uma área de 2,5 hectares, do popular jambu, uma espécie típica da região amazônica utilizada na indústria de cosméticos. A parceria com a empresa também foi estabelecida no assentamento Horto Guarani. Além dessa parceria, o assentamento possuiu um contrato com uma indústria alimentícia para a qual destinava a sua produção de goiaba, com o laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz para a produção de plantas medicinais, além de terem exportado quiabo e pimenta para o mercado europeu mediante um contrato firmado com uma empresa de exportação instalada no município de Jaboticabal. No entanto, essas parcerias não obtiveram êxito no transcorrer de sua execução.
Citas
ABAGRP. Selo marca definitivamente a Capital Brasileira do Agronegócio.
Agronegócio. Ribeirão Preto, ano 5, n. 39, p. 1-4, maio 2004.
BELLENTANI, Natália Freire; SOUZA, José Gilberto de. Indicadores de
Desenvolvimento Humano em Assentamentos Rurais e Periferia
Urbana: Estudo de Caso dos Assentamentos de Córrego Rico (Jaboticabal –
SP), Reage Brasil (Bebedouro – SP) e Área Periférica Urbana (jardim
Alvorada) Jaboticabal – SP. In: XLIV CONGRESSO DA SOBER "Questões
Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento", Fortaleza, 2006.
BERGAMASCO, Sônia Maria Pessoa Pereira; NORDER, Luís Antônio
Cabello. O Que são Assentamentos Rurais. São Paulo: Brasiliense, 1996.
CAMPOI, Antonio Marcos; FERRANTE, Vera Lúcia Silveira Botta. Sistemas de Produção e Estratégias de Permanência na Terra: Assentamentos
Rurais no Coração da Agroindústria. In: FERRANTE, Vera Lúcia Silveira
Botta; WHITAKER, Dulce Consuelo Andreatta (orgs.). Retratos de Assentamentos. Araraquara – SP: Nupedor/Unesp-Uniara, n. 10, p. 45-66, 2006.
CARMO, Maristela Simões do. Desenvolvimento Territorializado:
assentamentos rurais e agroecologia. In: FERRANTE, Vera Lúcia Silveira
Botta; ALY Júnior, Osvaldo (org.) Assentamentos Rurais: impasses e
dilemas uma trajetória de 20 anos. 2.ª ed. São Paulo: INCRA, ABRA,
UNIARA, 2005, p. 219-234.
DELGADO, Guilherme. A Questão Agrária no Brasil, 1950-2003. In:
Questão Agrária no Brasil: Perspectiva Histórica a Configuração Atual.
São Paulo: Instituto de Colonização e Reforma Agrária, 2005.
DUVAL, Henrique Carmona et al. Autoconsumo num Assentamento Rural: segurança alimentar e agroecologia em debate a partir de um estudo de caso. Retratos de Assentamentos. Araraquara, n. 11, p. 101-132, 2008.
FERRANTE, Vera Lúcia Silveira Botta et al. Reforma agrária e
"desenvolvimento como liberdade": Uma nova visão sobre os assentamentos rurais do estado de São Paulo. In: ________. (Org.) Retratos de Assentamentos. Araraquara – SP: Nupedor/Unesp-Uniara, n. 10, p. 19-43, 2006.
FERNANDES, Bernardo Mançano. O MST e os desafios para a realização
da reforma agrária no governo Lula. In: OSAL. Buenos Aires, ano IV, n. 11, p. 31-40, maio/ago. 2003.
GRAZIANO, Francisco. Barril de Pólvora. O Estado de São Paulo, São
Paulo, dez. 2004.
INCRA. Superintendência Regional de São Paulo. Guia da Reforma
Agrária em São Paulo – Introdução às Questões Agrárias e Fundiárias do
Estado de São Paulo. São Paulo: INCRA – SP, 2005.
________. Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária. Acampamentos do Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.incra.gov.br/saopaulo/ arquivos/0626702029.pdf. Acessado em: 26 abr. 2008.
OLIVEIRA, Alessandro Silva de. Assentamentos Rurais em Hortos
Florestais da Região Norte do Estado de São Paulo. Dissertação
(Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente) – Centro
Universitário de Araraquara (UNIARA), Araraquara, 2006.
OLIVETTE, Mario Pires de Almeida; CAMARGO, Felipe Pires de. Concentração Fundiária no Estado de São Paulo, 1996-2008. Informações Econômicas. São Paulo, v.39, n.6, jun./2009.
SILVA, Maria Aparecida de Moraes. Trabalho e Trabalhadores na Região do "Mar de Cana e do Rio de Álcool". Agrária, São Paulo, n. 2, p. 2-39, 2005.
SIQUEIRA, Ana Paula Pegorer de; BERGAMASCO, Sonia Maria Pereira
Pessoa. Mulheres Assentadas e Agroecologia: Impactos e Desafios. In:
III Simpósio sobre Reforma Agrária e Assentamentos Rurais. Araraquara - SP, 2008.
SOUZA, Vanilde Ferreira de; BERGAMASCO, Sônia Maria Pessoa Pereira.
A presença do MST e da Comcamp nos assentamentos São Bento e Santa Clara/Che Guevara. Retratos de Assentamentos. Araraquara, n. 10, p. 143-155, 2006.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html