Jovens semeando mudanças: a força política da juventude rural no cinturão hortícola de La Plata (2018-2022)
Palavras-chave:
Participação Política Rural, Juventude Rural, MTE-Rural, Economia Popular, Experiências.Resumo
São múltiplos e diversos os debates sobre a conceituação da categoria "jovem" nas
Ciências Sociais. Desde o final do século XVII e início do século XIX, a categoria "juventude" foi
definida na Europa Central. A juventude caracterizava-se por estar presente na agenda pública de todas as sociedades ocidentais. Em geral, quando se fala em juventude, ela está diretamente associada à cidade, à modernidade e aos jovens que vivem a moratória social, estando ligada à tecnologia e à modernidade. Não se costuma pensar em outros tipos de jovens, especialmente aqueles que vivem em espaços diferentes, como zonas rurais ou periurbanas. Nesta pesquisa, busca-se analisar e compreender o processo político, organizacional e sindical dos jovens rurais que habitam o Cinturão Hortícola Platense, vinculados à Economia Popular, a partir de suas experiências. Também se propõem alguns objetivos específicos, como a reconstrução e identificação do processo coletivo de formação e organização da área juvenil. Pretende-se explorar e captar os modos de ser, sentir, pensar e agir desses jovens, investigando as experiências que envolvem sua participação no movimento. Por fim, busca-se compreender as características e os elementos da economia popular na organização do Movimento dos Trabalhadores Excluídos (MTE), ramo rural, na cidade de Poblet, região de Buenos Aires.
Referências
ABU-LUGHOD, Lila. A interpretação das culturas depois da televisão. Etnografias contemporâneas, n. 1 pág. 1-24, 2006.
AMBORT, ME Processos associativos na agricultura familiar: uma análise das condições que deram origem ao surgimento e consolidação de organizações no cinturão hortícola de La Plata, 20052015. 2017. Trabalho de graduação – Universidade Nacional de La Plata, Faculdade de Ciências Humanas e Educação. Disponível em: http://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/tesis/te.1441/te.1441.pdf
BARTH, Fredrik. Etnia e conceito de cultura. Antropolítica : Revista Contemporânea de Antropologia e Ciência Política, n. 19, pág. 1530, 2º Sem. 2005.
BARTH, Fredrik. Grupos étnicos e suas fronteiras. México: Fundo de Cultura Econômica, 1976 [1969].
BENENCIA, R. Migração fronteiriça e mercado de trabalho rural na Argentina. Estratégias das famílias bolivianas na formação de comunidades transnacionais. Revista LatinoAmericana de Estudos do Trabalho, n. 17, pág. 30/05, 2005.
CAGGIANO, Sérgio. Além da fronteira: género, nação e padrões de reprodução. Ícones: Revista de Ciências Sociais, n. 27, Quito, pág. 93106, 2007.
CHAVES, M. Juventude, territórios e realizações. Uma antropologia da juventude urbana. Buenos Aires: Espaço Editorial, 2012.
ELIAS, Norberto. Ensaio teórico sobre as relações entre estabelecidos e marginalizados. In: Uma civilização de dois países e outros ensaios. Bogotá: Norma, 1998.
FALS BORDA, O.; ANISUR RAHMAN, M. Quebrando o monopólio do conhecimento: situação atual e perspectivas da Pesquisa e Ação Participativa no mundo. Analisar Política, n. 5, 1988.
FALS BORDA, O. Origens e desafios atuais do PAR. Analisar Política, n. 38, 1999.
FALS BORDA, O. O problema de como investigar a realidade para transformála através da práxis. CLACSO, 2009.
GRABOIS, J.; PÉRSICO, E. Trabalho e organização na economia popular. Cidade Autônoma de Buenos Aires: Associação Civil dos Trabalhadores da Economia Popular, 2017. Disponível em: http://www.ctepargentina.org/wpcontent/uploads/2017/08/WEBCTEPR.pdf
HALL, Stuart. Estudos culturais: dois paradigmas. Revista Causas y Azars , nº. 1, 1994.
HALL, Stuart. O que significa “identidade”? In: HALL, Stuart; DU GAY, Paulo (eds.). Missões de identidade cultural. Buenos Aires: Amorrortu, 2003 [1996].
HARAWAY, Donna. Visões de Primatas: Gênero, Raça e Natureza no Mundo da Ciência Moderna. Nova York: Routledge, 1989.
ICAZA, AM; TIRIBIA, L. Economia popular: conceituando antigas e novas práticas sociais. Associação Uruguaia de História Econômica (AUDHE). Artigo apresentado na Terceira Conferência de História Econômica, Montevidéu, Uruguai, 2003. Disponível em: http://www.audhe.org.uy/Jornadas_Internacionales_Hist_Econ/III_Jornadas/Simposios_III/17/Lia%20TiribaSarria.pdf
KARASIK, Gabriela. Depois da genealogia do diabo: discussões sobre nação e Estado na fronteira Argentina Boliviana. In: GRIMSON, Alejandro (comp.). Fronteiras, nações e identidades: a periferia como centro. Buenos Aires: Ciccus La Crujía, 2000.
LEVITT, P.; SCHILLER, N. Perspectivas internacionais sobre migração: conceituando simultaneidade. Revista Migração e Desenvolvimento, Editorial México, 2004.
MALDOVAN, BJ Fazendo trabalho autônomo na autonomia das organizações. Buenos Aires: Editorial Teseopress, 2017.
MAXWELL, JA Desenho de pesquisa qualitativa: uma abordagem interativa. Thousand Oaks, Califórnia : Sage Publications, 1996. Tradução : María Luisa Graffigna.
ORTNER, Sherry. Geertz, subjetividade e consciência pósmoderna. Etnografias Contemporâneas, n. 1 pág. 2554, 2005.
PLATERO MÉNDEZ, RL Metáforas e articulações para uma pedagogia crítica sobre interseccionalidade. Quadrantes de Psicologia, v. 16, não. 1, 2014.
POOLE, Débora. Mestiçagem, distinção e presença cultural: um olhar desde Oaxaca. In: DE LA CADENA, Marisol (org.). Articulações de raça, mestiçagem e nacionalidade na América Latina. Popayán : Envión Editores, pág. 197232.
PRATT, Mary Louise. Introdução: Críticas na zona de contato. In: Olhos imperiais: Literatura de viagem e transculturação. Cidade do México: Fundo de Cultura Econômica, p. 124, 2010.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. Diário de Pesquisa do Sistema Mundial, v. 2 P. 342386, 2000.
RAMELLA, F. Por uma forte utilização do conceito de rede nos estudos de migração. In: BJERG, M.; OTERO, H. (organizadores). Imigração e redes sociais na Argentina moderna. Buenos Aires: CEMLA/Instituto de Estudos Histórico Sociais, 1994.
RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Em defesa do meu hotel sobre a miscigenação colonial andina. In: Violência (re) encoberta na Bolívia. La Paz: Pedra Quebrada, pág. 111132, 2010.
DISSE, Eduardo. Introdução. In: Orientalismo. Edições de bolsa, p. 1954, 2010.
SCOTT, J. Experiência. Revista La Ventana, nº. 13, v. 2 P. 4273, 2001.
SCOTT, Joan Wallach. Experiência. Hiparquia, v. X, n. 1 pág. 5983, 1999.
SPIVAK, Gayatri. Ou pode um sujeito subordinado vacilar? Orbis Tertius, v. 6, pág. 175235, 1998.
THOMPSON, EP Prefácio. In: A formação da classe trabalhadora na Inglaterra. Madrid: Capitão Swing, 2012 [1989].
VIVEROS VIGOYA, Mara. Interseccionalidade: uma abordagem situada na dominação. Debate Feminista, não. 17, pág. 117, 2016.
WADE, Pedro. Debates contemporâneos sobre raça, etnia, gênero e sexualidade nas ciências sociais. In: WADE, Peter; URREA GIRALDO, Fernando; ENFERMEIRAS VIGOYA, Mara (org.). Raça, etnia e sexualidades: cidadania e multiculturalismo na América Latina. Bogotá, s/d.
WILLIAMS, Raimundo. Experiência. In: Palavraschave: um vocabulário de cultura e sociedade. Buenos Aires: Nova Visão, 2000 [1975].
WILLIAMS, Raimundo. O campo e a cidade. Buenos Aires: Paidos, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html