Etnografias sobre mulheres assentadas: expressões de dominação, de resignação e de protagonismos
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2015.v18i1.187Palavras-chave:
Relações de Gênero, Modos de Vida, Estratégias Familiares, Assentamentos RuraisResumo
O artigo apresenta a metodologia etnográfica priorizada para uma pesquisa acerca das relações de gênero nos assentamentos rurais na região de Araraquara/SP. A partir do reconhecimento dos lugares das mulheres assentadas na produção e na reprodução destes grupos sociais, a pesquisa etnográfica permite um aprofundamento das questões relativas à origem e à trajetória das mulheres, bem como das expressões de dominação, resignação e protagonismos. O artigo expressa mais claramente as diferenciações e singularidades das experiências de mulheres neste espaço social. Apresentamos quatro casos de mulheres que ora assumem a frente da produção agropecuária nos lotes, ora possuem assalariamento dentro e fora do assentamento, mas não deixam de se preocupar com os cuidados com a casa e com os filhos. Outras diferenciações se constituem em função do estado civil e da fase da vida dos filhos. Sem pretender esgotar as singularidades existentes nos assentamentos, o artigo prioriza a diferença nos lugares e nas atitudes das mulheres. Apesar de alguns enfrentamentos à violência material e simbólica vivida, ainda há uma longa trajetória de luta para pôr em ação uma agenda de efetivas políticas públicas que tenham como eixo central direitos na equidade de gênero.
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