Desafios da adoção de biodigestores no caso da COPAVA, assentamento Pirituba II
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2015.v18i1.192Palabras clave:
Biodigestores, Extensão Rural, Adoção de Inovação, Saneamento Rural e, Autonomia. Políticas do campoResumen
Parte de um ciclo de pesquisa voltado a assentamentos rurais, este artigo propõe-se a descrever e interpretar as considerações dos sujeitos envolvidos no processo de adoção de inovação do biodigestor, estabelecidas entre assentados-adotantes da COPAVA situada no Assentamento Pirituba II e os pesquisadores-difusores da UNESP. Por meio da abordagem qualitativa, foram obtidos os relatos dos atores chaves em entrevistas com roteiro semiestruturado, voltados ao conhecimento e interesse sobre esta tipologia de inovação. As interpretações enquadraram-se em três estágios temporais que esclareceram pontos acerca do processo numa perspectiva integral e contínua, sendo esses: Proposta de Adoção; a Introdução e a atual da inovação. Nesta experiência, demostrou-se que apesar das mudanças nas concepções como a complexidade do processo biodigestivo face ao que se empregava antes e depois da adoção, os adotantes continuam convictos que esta inovação deve ser ampliada e incorporada às demais demandas dos assentados. Conclui-se que o arranjo do coletivo no campo socioprodutivo, bem como a relação entre os atores fruto de confiança de outros projetos conjuntos, foram decisivos desde a escolha do aporte da inovação à sua apropriação. Além disso, o que evidenciou, segundo as ponderações dos sujeitos, tomando com referencia a credibilidade em difundir a inovação entre os demais agricultores, indícios que expressam formas de solidariedade social.
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