Guerrilha Rural e Cultura Política no Interior de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2015.v18i2.210Palabras clave:
Ditadura Militar, São Paulo, ALN, FALN, Cultura Política.Resumen
Grande parte da esquerda armada contra a ditadura enxergava nas populações rurais um importante componente que impulsionaria a transformação da sociedade brasileira. Contudo, esse processo de “ida ao campo”, com “guerrilheiros” de um lado e “camponeses” do outro, foi marcado por inúmeras polêmicas, tanto dentro dos próprios agrupamentos de esquerda, como destes em relação aos “camponeses”. Ao analisar alguns casos paulistas de ação da esquerda armada, discutimos a forma como os diferentes sujeitos envolvidos vivenciaram essas experiências, em especial as populações rurais que, diante do novo contexto político, davam sinais de que encaminhavam suas lutas por canais distintos daqueles reivindicados pelos grupos armados. Apresentamos alguns desdobramentos dessa aproximação entre a “esquerda” e os “camponeses”, discutindo as formas com que cada um destes setores sociais se portou diante dos inúmeros conflitos que emergiam após o advento do golpe de 1964. Num primeiro momento, discutimos o ideário da esquerda partidária que no pós-golpe optou por táticas de enfrentamento armado. Nas sessões seguintes, apresentamos os resultados das pesquisas sobre dois casos de guerrilha rural no interior de São Paulo: um na região de Ribeirão Preto, e outro no extremo oeste do estado, no município de Presidente Epitácio.Citas
BOTOSSO, Marcelo. A guerrilha ribeirão-pretana: história de uma organização armada revolucionária. Dissertação (Mestrado em História). Unesp-Franca, 2001.
GASPARI, Élio. A ditadura envergonhada. Rio de Janeiro: Intrínseca,
MOVIMENTO DOS TRABALHARES RURAIS SEM TERRA. Assassinatos no campo: crime e impunidade, 1964-1986. 2ªedição. São Paulo: Global, 1987.
PAULINO, Leopoldo. Tempo de resistência. 5ª edição. São Paulo: Editora COC empreendimentos Culturais, 2004.
PIMENTA, Edileuza; TEIXEIRA, Edson. Virgilio Gomes da Silva. De
retirante a guerrilheiro. São Paulo: Plena Editorial, 2009.
RIDENTI, Marcelo. O fantasma da revolução brasileira. 2ª edição. São Paulo: Editora UNESP, 2010.
SILVA, Lyndolpho. O Camponês e a historia: a construção da ULTAB e a fundação da CONTAG nas memórias de Lyndolpho Silva. CUNHA, Paulo Ribeiro da (Org.). São Paulo: Instituto Astrojildo Pereira, 2004.
VIANA, Gilney. Camponeses atingidos por processos na Justiça Militar e o acesso aos direitos da Justiça de Transição. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Brasília, 2014.
WELCH, Clifford Andrew. The Seed was planted: The São Paulo roots of Brazil’s rural labor movement, 1924-1964. University Park, PA: The Pennsylvania State University Press, 1999.
WELCH, Clifford Andrew; GERALDO, Sebastião. Lutas camponesas no interior paulista: memórias de Irineu Luis de Moraes. 1ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1992.
WELCH, Clifford Andrew. Os com-terra e os sem-terra de São Paulo:
retratos de uma relação em transição (1946-1996). In: FERNANDES, B.; MEDEIROS, L.; PAULILO. (Orgs.). Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas. V 1: O campesinato como sujeito político nas décadas de 1950 a 1980. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, NEAD, 2009.
O ESTADO DE SÃO PAULO. Primórdios de uma contenda.
/09/1967, p.19.
Acervos Consultados
Acervo Brasil Nunca Mais (BNM) Digital. Disponível em Acesso: entre fevereiro e junho, 2015.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html