Reforma Agrária e Desenvolvimento Sustentável: a Difícil Construção de um Assentamento Agroecológico em Ribeirão Preto-SP
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2010.v13i1.72Resumen
A questão do desenvolvimento rural vem sendo discutida por diferentes
agências e agentes, governamentais ou não, que direcionam os debates para a
convergência entre as questões agrícola, agrária e ambiental. Nesta abordagem,
a conservação e a recomposição dos recursos naturais são consideradas tão
importantes quanto a produção agrícola. No Brasil, esta perspectiva tem colocado os assentamentos de reforma agrária como espaços importantes para a
implantação de projetos agropecuários baseados na sustentabilidade ambiental.
O estudo de caso que desenvolvemos em um assentamento rural localizado no
município de Ribeirão Preto, região Nordeste do Estado de São Paulo, revelou
que a implantação de projetos desta natureza acirra os conflitos entre os diferentes agentes e expressa a fragmentação e a desarticulação das políticas públicas voltadas para os assentamentos rurais. Confrontando os diferentes discursos e práticas objetivamos compreender no que consiste a sustentabilidade ambiental para o Estado, os movimentos sociais e os trabalhadores rurais assentados.
Citas
ALMEIDA, J. Da ideologia do progresso à ideia de desenvolvimento rural
sustentável. In: Conferência Internacional sobre Tecnologia e
Desenvolvimento Rural Sustentável. UFRGS; EMBRAPA, EMATER,
Porto Alegre: setembro, 1995.
ALVES, F. J. da C. Modernização e sindicalismo: lutas dos trabalhadores
assalariados rurais da região de Ribeirão Preto. 347 p. Tese (doutorado em
Economia), UNICAMP, Campinas, 1991.
ASSUNÇÃO, R; VEIGA, J, E, R. Terra circunscrita, In: CALZAVARA, O; LIMA, R, O (org.), Brasil rural contemporâneo. Londrina: EDUEL, 2004.
BERGAMASCO, S. M. P. P.; FERRANTE, V. L. S. B. (coord.). Censo de
assentamentos rurais do Estado de São Paulo, Araraquara:
FUNDUNESP; CNPq; FINEP, 1995.
BRASIL – Ministério do Desenvolvimento Agrário – INCRA. Projeto de
Desenvolvimento Sustentável – PDS. Brasília: MDA, 2000. 50p.
____Instrução normatiza n.º 50, publicado no DOU em 24/dezembro/
____PNATER – Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão
Rural, MDA; SAF; DATER, 2008.
CALZAVARA, O; LIMA, R, O (org.) Brasil rural contemporâneo:
estratégias para um desenvolvimento rural de inclusão, Londrina, EDUEL, 2004.
CAPORAL, F. R., COSTABEBER, J. A. Agroecologia: alguns conceitos e
princípios. Brasília: MDA; SAF; DATER-IICA, 2004. 24p.
CONCRAB. Novas formas de assentamentos de reforma agrária: a
experiência da Comuna da Terra. Caderno de Cooperação Agrícola n.° 15, Brasília: Editora Distrital, 2000.
_____ O que levar em conta para a organização do assentamento: a
discussão no acampamento. Caderno de Cooperação Agrícola n.° 10, São Paulo: CONCRAB, 2004.
DELGADO, G. C. Capital financeiro e agricultura no Brasil. São Paulo:
Ícone, 1985.
ELIAS, D. Globalização e agricultura: a região de Ribeirão Preto-SP. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003.
FERRANTE, V. L. S. B. A chama verde dos canaviais: uma história de lutas dos boias-frias. Araraquara. 524p. Tese de livre docência em Sociologia, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Araraquara, 1991.
_____ No reino da modernização: o que os números da reforma agrária
(não) revelam. In: MARINHO, D. N. C.; ROSA, S. L. C.; SCHIMIDT, B.
V. (orgs). Os assentamentos de Reforma Agrária no Brasil. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1998.
FINKLER, C. N. et al. Agroecologia: a organização camponesa
reconstruindo o sustento da vida e a transformação da sociedade. In: 5.º Encontro Estadual de Agroecologia, Cascavel/PR: junho de 2006.
IANNI, O. Origens agrárias do Estado brasileiro. São Paulo: Brasiliense,
MARTINS, J. S. Reforma agrária: o impossível diálogo, São Paulo:
EDUSP, 2004.
NORDER, L, A, C. Políticas de assentamento e localidade: os desafios
da reconstrução do trabalho rural no Brasil, 2004.
SCOPINHO, R. A. Vigiando a vigilância: saúde e segurança no trabalho em tempos de qualidade total. São Paulo: Editora Annablume; FAPESP, 2003.
SILVA J. G. A nova dinâmica da agricultura brasileira. Campinas, São
Paulo: UNICAMP; IE, 1996.
SILVA, M. A. M. Errantes do fim do século. São Paulo: Editora da
UNESP, 1999.
_____ FERRANTE, V. L. S. B. Roupa nova para um velho sonho:
assentamentos de trabalhadores rurais e reforma agrária. São Paulo em
Perspectiva, v.1, n.3, p.32-40, out/dez. 1987.
SZMRECSÁNYI, T. Pequena historia da agricultura no Brasil: do
escravismo ao trabalho livre, estrutura agrária e relações de trabalho, para onde vai a agroindústria. São Paulo: Contexto, 1990.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html