O turismo como meio de justificação da reforma agrária - o caso do acampamento Marielle Vive, Valinhos/SP
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2024.v27i1.573Palavras-chave:
: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Turismo Rural de Base Comunitária, Reforma agrária, Organização comunitária, Territórios periurbanosResumo
O presente artigo discute as formas de legitimação das ações das famílias engajadas no acampamento Marielle Vive, localizado em Valinhos/SP. Considera-se em particular o papel do turismo comunitário como estratégia para maior visibilidade dos argumentos justificativos que fundamentam as reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região. Desta maneira, inverte-se a questão que comumente orienta as pesquisas em turismo. Ao invés de “o que justifica o turismo?”, a questão central do presente estudo é “o que o turismo permite justificar?”. Assim, serão explorados dois eventos de visitação e vivência no acampamento Marielle Vive que ocorreram por ocasião da 10ª Jornada Universitária pela Reforma Agrária (JURA), organizada notadamente por discentes da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), e do 61º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia Administração e Sociologia Rural (SOBER). Conclui-se que o MST de Valinhos/SP produziu nos últimos anos uma alternativa de turismo rural comunitário que apresenta grande potencial de estímulo ao engajamento de novos apoiadores, favorecendo a construção de alianças com outras organizações da sociedade civil organizada.
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