Patriarcado, memória e reelaboração nos processos com a natureza: uma reflexão teórica
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2025.v28i1.638Palabras clave:
Ervas medicinais, Assentamento, Mulheres, Patrimônio, Relações de poderResumen
O presente trabalho é parte de estudos desenvolvidos no doutorado, no qual procurou refleti teoricamente, como um grupo de mulheres do Assentamento Monte Alegre em Araraquara/SP, produtoras de plantas medicinais e temperos se insere na estrutura da racionalidade econômica e no pensamento dualista (desenvolvimento econômico X conservação da natureza, dominação masculina X emancipação feminina, medicina convencional X medicina tradicional), impactando negativamente nas relações humanas e ambientais. Neste contexto, destaca-se a lógica capitalista que homogeneíza a produção agrícola, degradando ambientes biodiversos e resultando no aumento de pragas e uso de venenos. Defende-se a Agroecologia como ciência que valoriza a sabedoria popular e tradicional, propondo um novo paradigma para a natureza e conservação ambiental, e o importante papel das mulheres na preservação da biodiversidade, valorizando a memória e o patrimônio local como formas de conservação cultural e ambiental. Finalmente, aborda-se a importância da patrimonialidade na proteção de conhecimentos milenares e áreas ambientais.
Citas
ALTIERI, M.A. Agroecology: the scientific basis of alternative agriculture. Boulder: Westview Press, 1987.
ALTIERI, M.A. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável / Miguel Altieri. – 4.ed. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2000.
BENHAMOU, F. Economia do Patrimônio Cultural. São Paulo: Edições SESC, 2016.
CANCLINI, N. G., As culturas populares no capitalismo. Tradução de Cláudio Novaes Pinto Coelho. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
CAPRA, F. O Ponto de Mutação. São Paulo: Cultrix, 1982.
FERRANTE, V.L.S. Da invisibilidade ao protagonismo: relações de gênero nos assentamentos, nos projetos de desenvolvimento sustentável e nos territórios da cidadania. Relatório técnico-científico, CNPq, 2014.
FREY, B. S. The evoluation of cultural heritage: some critical essus, in economic perspectives or cultural heritage. In: Hutter, Man Rzzo, I (eds). New York, St Martin’s Press, 1997
GOMES, T. P. de S. Saberes, Memórias e Tradição: Estudo em Assentamentos de Reforma Agrária de Araraquara-SP. In: XXVII Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Sociologia, 2011, Recife. Anais do XXVII Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Sociologia, 2011.
GOMES, T. P. de S. O multiculturalismo, movimentos sociais e educação do campo. In: VII Jornada de Estudos em Assentamentos Rurais, 2015, Campinas. Anais VII Jornada de Estudos em Assentamentos Rurais, 2015.
GOMES, T. P. de S. Do veneno às borboletas do campo: estudo de saberes agroecológicos em assentamentos de reforma agrária. Retratos de Assentamentos Rurais, v. 1, p. 1, 2016.
LEFF, E. Ecologia, Capital e Cultura: a territorialização da racionalidade ambiental. Petrópolis. Vozes, 2009.
MARTINS, V.S. Lugar de Morada: a constituição do viver de famílias rurais no contexto de assentamento da Reforma Agrária. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Rural). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009
PACHECO, L. Pedagogia griô: a reinvenção da roda da vida. Lençóis: Grãos de Luz e Griô, 2006.
PELEGRINI, S.C.A. e FUNARI, P.P. O que é Patrimônio Cultural Imaterial? São Paulo: Editora Brasiliense, 2008.
TOLEDO, V. M. e BASSOLS, N.B. A memória biocultural: a importância ecológica das sabedorias tradicionais. São Paulo: Expressão Popular, 2015.
TUAN, Y. F. Topofilia: Um estudo da percepção, atitudes e valores do Meio Ambiente. Tradução: Lívia de Oliveira. São Paulo: Difel, 1980.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html