Grupos produtivos de agricultoras que processam alimentos em assentamentos da Reforma Agrária: uma revisão sistemática de literatura
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2025.v28i1.632Palavras-chave:
mulheres assentadas, organização produtiva, assentamentos rurais, políticas públicas, processamento de alimentosResumo
A atuação das mulheres assentadas na reforma agrária vai além do trabalho doméstico, abrangendo a organização produtiva e a busca por autonomia econômica. Este estudo investigou as organizações produtivas de mulheres assentadas da reforma agrária no Brasil dedicadas ao processamento de alimentos para comercialização. A metodologia empregada foi a revisão sistemática de literatura, classificada como metassíntese, baseada na análise de 23 estudos nacionais criteriosamente selecionados, analisados e sintetizados em cinco categorias temáticas interconectadas: relações de gênero, organização social e produtiva, políticas públicas de desenvolvimento rural, economia solidária e agroecologia. Os resultados evidenciam que a atividade coletiva de processamento de alimentos possui significativo potencial de transformação social e econômica para as mulheres assentadas, impulsionada pela organização coletiva, acesso a políticas públicas e práticas agroecológicas e de economia solidária, apesar das persistentes desigualdades de gênero. O estudo conclui que, apesar das dificuldades enfrentadas, os grupos produtivos contribuem para a melhoria das condições de vida nos assentamentos, fortalecendo a segurança alimentar e a permanência das famílias no campo. O acesso ampliado a políticas públicas integradas são fatores essenciais para o avanço dessas iniciativas no contexto da reforma agrária brasileira.
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